terça-feira, 5 de março de 2013

Defesa afirma que goleiro Bruno não confessará o que não fez.


Tiago Lenoir compõe a defesa de Bruno Fernandes (Foto: Pedro Cunha/G1)
Tiago Lenoir compõe a defesa de Bruno Fernandes
(Foto: Pedro Cunha/G1)
Um dos advogados do Bruno Fernandes, Tiago Lenoir, declarou na tarde desta terça-feira (5) que o goleiro não foi o mandante da morte da ex-amante Eliza Samudio. "O Bruno não vai confessar aquilo que ele não fez. Por exemplo, confessar que ele mandou matar Eliza Samudio. Isso não aconteceu. Ele fala que não. Ele não conhece Bola, ele não arquitetou nada", afirmou o defensor.

Durante a manhã, Lenoir disse que o depoimento de Bruno durante o julgamento será “bombástico”. Questionado sobre qual seria a relevância das declarações do cliente, o advogado respondeu que, possivelmente, a parcela de culpa de Bruno neste caso tenha sido não interromper o plano Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, em relação à Eliza. “Será que o Bruno sabe que o Macarrão ia tomar essa atitude? Será que o Bruno sabe que o Jorge estaria envolvido? Será que o Bruno sabia que tudo isso iria acontecer? Saber é uma coisa, vontade de fazer é outra. E, quem sabe, ele não poderia fazer diferente. Talvez a parcela de culpa dele teria sido essa, de ter impedido o Macarrão de ter feito alguma coisa", pontuou.
Anteriormente, o advogado disse que Bruno Fernandes contará toda a verdade envolvendo o desaparecimento e a morte da ex-amante. “Ele vai dizer o que teria ouvido e o que teria visto. Ele sabe de muita coisa. Ele é o Bruno. Ele é, em tese, o patrão. Ele é, em tese, quem tinha o dinheiro. Era ele quem sustentava aquele povo todo, então dizer que ele não sabia de nada seria ingenuidade”, afirmou.

O advogado também contou sobre a relação do jogador com os outros réus, os quais ele sustentava, de acordo com Lenoir. “Ele foi goleiro da nação rubro-negra, do Atlético-MG. O Bruno tem que ser goleiro dele mesmo. Ele foi goleiro de pelo menos nove famílias”, disse.


Em relação ao depoimento de Luiz Henrique Romão – o Macarrão -, em novembro de 2012, no qual o réu informou ter levado de carro a ex-amante do jogador até local indicado pelo goleiro, Lenoir disse que à época Bruno esperava a verdade do amigo. “Ele está muito chateado porque acreditava que o Macarrão também diria o que sabe, mas não falou”, contou nesta terça (5).
Na época, Macarrão também disse à juíza que não sabia o que iria acontecer com Eliza, mas que "pressentia" que a jovem seria morta. Macarrão afirmou ainda que alertou Bruno sobre o que podia acontecer, mas que o goleiro pediu para ele deixar "de ser bundão".
Segundo dia de julgamento

Recomeçou às 9h20 desta terça-feira (5) o júri popular do goleiro Bruno Fernandes e da ex-mulher Dayanne Rodrigues, no Fórum de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O segundo dia de julgamento, que teve primeira sessão na segunda-feira (4), estava marcado para ser iniciado às 9h desta terça-feira, mas começou com 20 minutos de atraso.


Logo após o início da sessão, por volta das 9h35, aconteceu um problema na rede elétrica do Fórum de Contagem, atrasou por mais alguns minutos o julgamento. Com a pane, não havia energia na sala onde os jornalistas acompanham o júri por uma televisão. A queda de energia afetou várias salas no fórum, mas não o plenário.
Nesta terça-feira continuaram a ser ouvidas testemunhas do caso Eliza Samudio. Foram ouvidos João Batista Guimarães, que acompanhou o depoimento do motorista Cleiton  Gonçalves à época do inquérito e Célia Rosa Sales, prima de Bruno e irmã de Sérgio Rosa Sales, réu no processo assassinado no ano passado. Jaílson de Oliveira, detento que denunciou ter ouvido uma confissão de Bola, foi dispensado pela juíza. Já o depoimento de Renata Garcia, advogada que acompanhou o depoimento do então menor Jorge, que delatou Bruno à polícia, foi colhido por carta precatória (à distância) e foi lido em plenário.
Após a oitiva de testemunhas, a sessão foi interrompida por ceca de uma hora para o almoço. Após o intervalo, iniciou-se a leitura e exibição de peças anexadas ao processo.
íntegra da notícia em : G1
FONTE: globo.com 


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