quinta-feira, 11 de julho de 2013

Justiça bloqueia as contas da BBom.

A suspeita é de prática de pirâmide financeira. Empresa tem cerca de 300 mil associados no país.

A empresa BBom (que oferece aparelhos e serviço de rastreamento de veículos) e seus sócios tiveram as contas bloqueadas pela Justiça Federal em Goiás. A suspeita é de prática de pirâmide financeira, que configura crime contra a economia popular e é proibida no Brasil.
 A estimativa é de que a BBom tenha cerca de 300 mil associados em todo o país. A juíza federal substituta da 4ª Vara Federal de Goiânia, Luciana Laurenti Gheller, declarou a indisponibilidade de bens da Embrasystem Tecnologia em Sistemas, Importação e Exportação Ltda, detentora das marcas BBom e Unepxmil, e da empresa BBrasil Organização e Métodos Ltda., assim como dos proprietários das empresas.
A juíza acatou um pedido feito pelo Ministério Público Federal em ação cautelar preparatória com o objetivo de evitar a dilapidação do patrimônio da empresa. Ao analisar a documentação juntada pelo MPF, a juíza entendeu pela existência de robustos indícios de que o modelo de negócios operado pela empresa BBom se trata, na verdade, de uma pirâmide financeira. Para a juíza Luciana Laurenti Gheller, o pagamento dos participantes depende exclusivamente do recrutamento por ele feito de novos associados. E lembrou que, no sistema adotado pela BBom, os interessados associam-se através do pagamento de uma taxa de cadastro (R$ 60) e de um valor de adesão que varia dependendo do plano escolhido, de R$ 600 a R$ 3 mil.
Ainda segundo a juíza, os associados devem pagar um taxa mensal obrigatória no valor de R$ 80, por 36 meses. Os mecanismos de premiação ou bonificação são calculados sobre as adesões de novos participantes indicados pelo associado.
Em entrevista ao portal iG, o diretor da BBom, Ednaldo Bispo, disse que ainda não teve acesso à decisão. Mas garantiu que os pagamentos aos promotores seguem normalmente. Também afirmou que o modelo de negócios da companhia não foi devidamente esclarecido, e que, apesar de não gostar, entende a posição da Justiça. Para Bispo, será uma oportunidade de mostrar como a empresa funciona.
FONTE:  Associação do Ministério Público de Pernambuco

Um comentário:

  1. Este comentário foi removido por um administrador do blog.

    ResponderExcluir

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...